Tradicional ponto de parada de turistas argentinos que viajam de carro para o litoral de Santa Catarina, Passo Fundo voltou a ter demanda de hospedagem em hotéis e pousadas. O movimento se intensifica desde o começo de dezembro, com perspectiva de crescimento em janeiro e fevereiro.
A análise é do presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes e Bares de Passo Fundo, Léo Starhan Duro. Embora ainda não existam dados concretos, ele indica que o movimento supera o do ano passado e é o maior desde o pico da pandemia, em 2020 e 2021.
— A gente já está percebendo esse movimento muito maior do que foi ano passado. A percepção é que a circulação dos argentinos dobrou em relação a 2023, o que beneficia não só o setor hoteleiro, mas também os restaurantes na beira das estradas e na própria cidade, que se tornaram referência para esse público — relata.
O presidente ainda aponta uma mudança no perfil do turista argentino que passa a frequentar o município. São integrantes não só da classe média alta, mas classe média e classe econômica, o que, segundo ele, representa uma melhora no poder de compra.
— O que a gente via há 10, 15 anos eram hotéis lotados com argentinos nessa época do ano. Esse movimento foi gradualmente baixando e chegou a pontos da gente não perceber argentinos no município durante a pandemia. Agora eles voltam a optar por fazer a parada durante a viagem, estão mais confiantes — afirma.
A tendência é que os turistas do país vizinho permaneçam em férias por cerca de duas semanas no litoral. Além das paradas na ida, a perspectiva é que a cidade também tenha hóspedes no retorno. As estadias costumam ser de um dia.
— Passo Fundo já é conhecido como um ponto seguro no meio do Rio Grande do Sul para os argentinos em trânsito. A cidade que conta com hospitais, restaurantes e rede de hotelaria pronta para recebê-los, além da localização estratégica, entre a praia e o local de origem dos turistas — acrescenta.