
A menos de uma semana para uma das maiores feiras do agronegócio internacional, o parque de exposições da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, no norte gaúcho, está quase pronto e entra na fase de ajustes finais.
Mais de 3,5 mil pessoas trabalham para montar estruturas e deixar os mais de 130 hectares do parque prontos para receber os visitantes da 25ª edição, que acontece entre os dias 10 e 14 de março.
Com representantes de 70 países e mais de 550 expositores confirmados, a feira é referência em informações, novas tecnologias, oportunidades de negócios, inovações e debates ligados ao setor agro.
— A Expodireto, a cada ano que passa, sempre oportuniza muito conhecimento, tecnologia e inovação. Estamos preparando o parque junto com as empresas expositoras, para trazer o que tem de melhor no mercado do agro mundial — disse o presidente da Expodireto, Nei César Mânica.
Apesar de não projetar números para a edição, a organização trabalha com os recordes atingidos em 2024, quando a feira reuniu 377 mil visitantes e movimentou mais de R$ 7,9 bilhões em negócios.
Discussões importantes
Temas atuais como a inteligência artificial, além da inovação e tecnologia, vão pautar a feira. Mas, os cinco dias também terão espaço para a busca de soluções ao enfrentar questões climáticas que afetam diretamente o produtor rural, especialmente nos últimos anos no Rio Grande do Sul.
Entre as importantes discussões que a Expodireto vai proporcionar, está o assunto das dívidas dos produtores rurais.
— Nós precisamos de uma securitização para que o produtor tenha tranquilidade de pagar, continuar produzindo e, realmente, a nossa economia continuar crescendo. Caso contrário, será realmente um problema muito sério, com desemprego, queda de renda e um caos para o Rio Grande do Sul — afirmou Mânica.
Painéis e discussões diárias, como Fórum do Milho, da Soja, da Carne, entre outros, também prometem agregar conhecimento aos produtores rurais, fortalecendo a cadeia produtiva da agropecuária.
Distribuição dos espaços

Ao todo são mais de 500 espaços voltados aos diversos setores do agro: área de produção vegetal, produção animal, agricultura familiar, máquinas e equipamentos, área de meio ambiente, área internacional, arena agrodigital, fóruns e debates.
Só no pavilhão da agricultura familiar, serão quase 200 expositores em 2025. A maior parte (75%) é de agroindústrias e o restante de empreendedores de artesanato.
Entre as opções, os visitantes vão encontrar uma grande diversidade de produtos de diferentes regiões do RS. Entre eles estão pães, geleias, sucos, salames, queijos, mel, vinhos, cachaças, flores e plantas, além de itens produzidos por comunidades indígenas, entre outros.
Consolidada na feira, a Arena Agrodigital terá espaço para painéis e debates sobre o futuro do agronegócio. São mais de 30 expositores entre grandes empresas e hubs de inovação e startups.
— Não vamos ficar em casa lamentando a falta de chuva. É aqui que nós vamos buscar conhecimento e buscar nossas soluções para o dia a dia — disse Mânica.