
Apesar da estiagem, que tem dominado as conversas durante a semana de Expodireto em Não-Me-Toque e afetado diretamente o setor do agro, lideranças da Região Norte se mostram otimistas com os resultados da 25ª edição da feira. Em passagem pela Casa RBS, o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, ressaltou o retorno positivo entre os 610 expositores.
— Estamos sentindo que os expositores estão recebendo muito mais público do que nos anos anteriores, isso é positivo. Temos muita tecnologia, inovação e lançamentos tanto na área de máquinas como sementes e outros setores. A Arena Agrodigital está falando muito sobre a inteligência artificial, que é de extrema importância. A pequena propriedade também, a agricultura familiar está bombando — comentou em avaliação para o Grupo RBS.
O endividamento enfrentado pelos produtores gaúchos após anos de seca também pauta os debates na Expodireto. Na sexta-feira (14), uma audiência pública vai discutir a situação e buscar o alongamento da dívida dos produtores, como adiantou Manica, envolvendo cooperativas, governos municipais, estadual e federal, além de federações e entidades representativas.
— O produtor não quer perdão, ele precisa de prazo e de juros compatíveis — destacou Manica.
Resiliência dos agricultores gaúchos
Apesar das dificuldades, a força dos produtores em superar os desafios do momento é o grande destaque entre os empresários. Em passagem pelo espaço institucional do Grupo RBS, o presidente do Instituto Aliança Empresarial, Antônio Roso, pontuou que, mesmo com o cenário difícil, as empresas se fizeram presentes:
— Eles enxergam o futuro da inovação, de buscar cada vez mais o empreendedorismo na região, e nós precisamos de pessoas assim. Que o Rio Grande do Sul possa desenvolver mais, despertar mais pra isso. O agronegócio hoje é um impulsionador da economia do Brasil.
Mesmo com as dificuldades, a avaliação é que o futuro do campo gaúcho é promissor. O empresário Clóvis Tramontina, conselheiro da Tramontina, se mostrou impressionado com a presença dos jovens na feira, buscando a capacitação no setor.
— A maioria é agrônomo e engenheiro, outros já são veterinários. Pessoal que está trabalhando na área agrícola, filhos de empresários agrícolas, que deixaram de ser aquele colono na enxada pra ser um colono do drone — brincou durante entrevista na Casa RBS.
Casa RBS

Voltada ao debate, a Casa RBS é um espaço institucional onde os visitantes acompanham programas de rádio e TV, além de poderem interagir com comunicadores. Com um espaço exclusivo e cobertura integrada, o Grupo RBS reafirma seu compromisso com o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul.
Até esta sexta-feira (14), serão transmitidos diretamente do local os programas Gaúcha Atualidade e Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha, além do Hashtag ATL e ATL Hits, da Atlântida. O espaço também foi palco de três edições do Campo em Debate, mediado pela jornalista Gisele Loeblein.