O acordo entre os poderes da República que disciplina emendas parlamentares representa um pequeno avanço de transparência no uso desses recursos públicos oriundos do orçamento da União e, portanto, dos impostos pagos pelos contribuintes. Há ainda muito o que aperfeiçoar nesse processo de moralização do uso político de dinheiro público para que tais destinações resultem em benefícios efetivos para a população — e não sirvam apenas para a promoção pessoal dos parlamentares em suas bases eleitorais. Mas o episódio recente, que chegou a provocar um princípio de conflito entre os poderes com ameaças de retaliação do Legislativo ao Judiciário, teve o mérito adicional de evidenciar o poder dos cidadãos para interferir no funcionamento da administração pública.
Opinião RBS
Editorial
O poder do cidadão
Foram ações movidas por entidades como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) que levaram o Supremo Tribunal Federal a suspender temporariamente a farra das emendas
Zero Hora
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