Quantas vezes, tantas, saltamos da cama sob os solavancos do nosso próprio coração numa hora difusa entre a noite e a madrugada, entre o sono e a vigília, entre o sonho e a realidade, como se tivéssemos ouvido o tropel de um cavalo em plena área urbana? Os cavalos que hoje parecem galopar no nosso inconsciente foram substituídos por motores e já não servem mais como mensageiros num mundo conectado pela tecnologia. Ainda assim, seguem balançando suas crinas na memória afetiva de todos nós, gaúchos. É como se insistissem em lembrar que sobre eles, desde os tempos de Sepé Tiaraju aos gritos de esta terra tem dono, travamos algumas de nossas batalhas internas e externas mais devastadoras. Assim conquistamos o que hoje é o Rio Grande, gostemos ou não dos resultados.
PARCERIA
O que os cavalos nos legaram
A herança equina ficou para sempre em nosso jeito gaúcho de ser, de sentir, na nossa música, vocabulário e figuras de linguagem
Clóvis Malta
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