Sempre que o verão se ensaia, ficamos a nos perguntar qual o motivo de termos povoado nosso solo a partir das margens do Guaíba, não dessa imensa faixa de areia do Atlântico Sul. Com o clima desta época, abafado como o de caldeirão tampado sobre fogo-fátuo, não foi porque o mar é marrom, porque a água contém o frio das geleiras polares, ou porque as dunas se remodelam a todo instante pela força dos ventos. A explicação tem a ver com a nossa valentia. Sim, com essa mesma coragem sem a qual não se sobrevive nas lides do campo nem nas guerras por território, hoje de tão pouca serventia.
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