Não faço a menor ideia de quem possa ter sido o atilado jurisconsulto penalista que elaborou a cartilha processual dos corruptos, mas bem que poderia ter dado uma caprichada melhor, pois a peça-luzeiro precisa com urgência de um upgrade. Está ultrapassada, talvez pelo uso continuado, e até entendo que a culpa não seja do silabário, mas do acúmulo de seguidores, com crescimento vertiginoso, até de forma desordenada. Se a corrupção no Brasil é endêmica ou epidêmica, pouco importa, mas bem que os salafrários poderiam ir com mais parcimônia ao pote. Afinal, ele sempre estará à mão de semear lá no final do arco-íris, tanto faz se o governo joga pela direita, pela esquerda ou simplesmente distribui o jogo pelo meio-de-campo.
Artigo
Afif Simões Neto: a cartilha dos corruptos
Juiz de Direito