A liberação pelo Supremo Tribunal Federal de dois célebres condenados da Operação Lava-Jato, o pecuarista José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu, abre caminho para a soltura dos demais presos que ainda não foram julgados em segunda instância. Apesar da decepção de muitas pessoas que querem ver corruptos e corruptores na cadeia por muito tempo, o STF está agindo em defesa da lei, da Constituição e dos próprios cidadãos. Na verdade, o texto constitucional até dá margem a interpretação mais branda, ao garantir que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Porém, até em decorrência da Lava-Jato, os ministros entenderam por maioria que o condenado pode ser encarcerado depois de decisão de corte colegiada, isto é, a segunda instância jurisdicional.
Editorial