O Estado brasileiro nas esferas municipal, estadual e federal padece ainda dos efeitos da crise de 2008, que atingiu o país de modo retardatário. O crash, maior que o de 1930 na bolsa de Nova Iorque, foi mais do que a mera "marolinha" como insistia em afirmar um ex-presidente da República. A má gestão, contaminada pelo viés do otimismo excessivo, que levou ao aumento dos gastos públicos, acabou ampliando os efeitos da crise e deixando o Estado sem recursos para investir em saúde, educação, segurança e pesquisa. O efeito manada da gastança que atingiu a Administração pública brasileira, com base em decisões meramente intuitivas, foram marcas flagrantes dos anos 2002-2016.
Artigo
Gabriel Wedy: o Estado intuição e o fracasso
Juiz Federal. Doutor e Mestre em Direito (Visiting Scholar pela Columbia Law School)