DESAPEGO
Leio em Zero Hora (ZH, 19 e 20/11) que Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, veio a Porto Alegre fazer uma vista ao Central em busca de soluções para as questões carcerárias. Tomo a liberdade de fazer-lhe uma sugestão factível e imediata: o redirecionamento dos recursos públicos que o Judiciário desperdiça na construção e manutenção de prédios suntuosos, no pagamento de privilégios e auxílios imorais autoconcedidos, bem como a redução dos salários pagos aos membros de todos os poderes aos limites do teto salarial fixado em lei, direcionando-os para a construção de novos presídios e a recuperação dos existentes. Exige-se desapego pessoal e institucional, percepção da realidade atual, vontade política e verdadeiro espírito público. Deixo aqui a minha modesta sugestão.
José Carlos Morsch
Publicitário – Porto Alegre
TERRA PARA ESTRANGEIROS
Os estrangeiros já são donos de grande maioria de nossas mais importantes indústrias. Imaginem então podendo comprar nossas terras, o que vai sobrar para nossos filhos e netos? Onde vai parar a soberania nacional? Principalmente estando numa incógnita mundial quanto ao futuro do mundo, em face às últimas posses governamentais e eleições norte-americanas. Temo ser esta matéria mais um projeto a ser aprovado por nossos safados políticos. E tudo leva a crer, pelo andar da carruagem, que os políticos aprovarão a venda de nossas terras a capitalistas estrangeiros se não houver reação do povo brasileiro.
Osvaldo Padilha
Advogado – Porto Alegre
DIFERENÇAS
Sou aposentado e, para preencher meu tempo e complementar uma aposentadoria cada vez mais defasada, faço alguns trabalhos de jardinagem em um condomínio de uma de nossas praias. Anualmente sou obrigado a apresentar atestado de bons antecedentes e ficha corrida policial para poder continuar a circular no condomínio. Paralelamente, o senador Renan Calheiros responde a 12 inquéritos e é presidente do Congresso Nacional e figura influente na nação, decidindo o futuro do nosso povo. Que país é este?
Jaime Pacheco Alves
Aposentado – Osório
CIDADE SORRISO
A Cidade Sorriso poderia estar melhor se a prefeitura municipal resolvesse definitivamente a conclusão da obra de entrada da capital gaúcha. Muitas novas obras na cidade foram iniciadas e não foram concluídas. Algumas foram paralisadas. Onde ficou o planejamento das prioridades? Quais são os motivos deste travamento? E os parlamentares, o que podem informar sobre este fato? Nossa Cidade Sorriso está entristecida por não receber a atenção que merece para dar o abraço de recepção a quem a visita. Afinal, qual é a justificativa deste permanente atraso, numa obra que estava prevista para a Copa do Mundo de 2014 ? Será que o prefeito eleito é quem irá justificar e nos brindará com a inauguração da nova porta da nossa Porto Alegre?
Claudio G. Gandolfi
Aposentado – Porto Alegre
Não querendo parecer insensível por comentar um obituário (ZH, 17/11), seria mesmo necessário mencionar entre parênteses que os genitores de uma pessoa falecida aos 103 anos estão sendo citados in memoriam?
Maria Monteiro
Aposentada – Porto Alegre
Foi muito feliz a cronista Rosane de Oliveira ao mencionar a forma desigual como são tratados os servidores públicos (ZH, 18/11). A verdade é que, no serviço público, formou-se um verdadeiro sistema de castas, à semelhança do que ocorre na Índia: de um lado, está a casta privilegiada dos que integram as "carreiras jurídicas" (os "brâmanes"), e de outro estão os sem castas – os "párias" –, servidores do Poder Executivo. Enquanto os "brâmanes" buscam maneiras de aumentar seus ganhos e garantir seus privilégios, para os "párias" engendram-se medidas para exterminar ou reduzir direitos sob o título de ajuste fiscal ou coisa que o valha.
Paulo Alfredo Lucena Borges
Aposentado – Porto Alegre
Lya Luft, em sua coluna (ZH, 19 e 20/11), pede a permissão para falar sobre política. Realmente, estamos vivendo uma situação insustentável diante dos fatos por ela citados. Para que consigamos fazer as reformas de que tanto precisamos, sem corporativismos, é urgente a necessidade de uma Assembleia Constituinte Independente já em 2018. A propina e a corrupção têm de ser consideradas crimes hediondos. Os políticos têm de ter a consciência de que foram escolhidos para representar o povo e canalizar da melhor forma os recursos, oriundos dos impostos, para a educação, saúde, segurança, mobilidade urbana etc. Quem sabe, dessa forma, nossa escritora possa ter a tranquilidade para escrever assuntos mais interessantes.
Roberto Mastrangelo Coelho
Representante comercial – Porto Alegre
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Editado por: Rafaela Ely – 3218-4317