No momento em que integrantes da Força Nacional de Segurança chegam finalmente às ruas, para se somar à Brigada Militar na missão de policiamento ostensivo nas áreas mais conflagradas, o Estado precisa aproveitar para debater a fundo as razões que o levaram a falhar nas principais metas de combate à violência. É inconcebível que aumentos tão consistentes no número de crimes como roubo, roubo de veículos e homicídios dolosos de 2014 e 2015, consumando um evidente fracasso nas metas definidas, não tenham merecido até agora ações efetivas.
É compreensível que, amedrontada e inconformada com tantos crimes incorporados ao seu cotidiano, a população se entusiasme inicialmente com a alternativa temporária propiciada pelo reforço da Força Nacional. A empolgação, porém, não pode servir de justificativa para retardar providências adicionais que, minimizadas até agora, não têm mais como continuar sendo adiadas.
Esse é o momento de recuperar o tempo perdido, combinando ações preventivas e repressivas que contribuam logo para restabelecer a sensação de segurança entre os gaúchos, com o enfrentamento efetivo da criminalidade. Não basta que o setor público trabalhe com metas nessa área. É preciso que elas sejam cumpridas. A sociedade pode contribuir com isso vigiando-as com atenção.