Vocês já viram este desenho. No quadro da sala de aula, um bloco deslizava sobre um plano inclinado, que a bem da verdade mais parecia um rudimentar triângulo. Eu costumava animar a abstração com a cena de um homem a descarregar uma carroça, usando uma rampa improvisada, tentando evitar que sua caixa rolasse ou emperrasse enquanto vinha raiando a manhã.Já podem imaginar: na hora do cálculo eu sempre errava. No mundo mágico da física do colégio, o atrito era sempre desconsiderado, para agonia de meu pobre carregador que, se pudesse usar de tal prerrogativa na realidade, teria sua vida muito facilitada.
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