A transformação de um superávit de R$ 5,8 bilhões em um déficit que, na melhor das hipóteses, deve alcançar R$ 51,8 bilhões em 2015 causa perplexidade até mesmo em quem desconhece os trâmites das finanças públicas do país. A discrepância não pode ser explicada apenas com base na contração da economia e na consequente queda na arrecadação, como alegam ministros da área econômica. Entre as razões reais, estão desde o descontrole das contas públicas e um histórico de gastos desenfreados, até a dificuldade de aprovação, pelo Congresso, de medidas integrantes do ajuste fiscal. Executivo e Legislativo precisam chegar a um acordo para conter o descontrole, que impõe um custo social elevado para os brasileiros.
Editorial