
A Polícia Civil irá colher, na tarde desta quinta-feira (3), os depoimentos de três brigadianos envolvidos na ação que resultou na morte de Cristian Luciano Gustavo da Rosa, 18 anos, no começo da noite de terça (1º) no Bairro Cascata, na zona sul de Porto Alegre. A ocorrência é investigada como o estopim para o início dos ataques a ônibus na noite passada.
O delegado Rodrigo Pohlmann, que investiga o caso, esteve no Morro da Embratel na manhã desta quarta-feira (2) para colher informações que possam auxiliar na investigação. Testemunhas afirmaram que ouviram pelo menos oito disparos de arma de fogo na região. No entanto, a polícia está procurando um homem que poderia ter visto o tiroteio no local.
Ainda é aguardado também o resultado da perícia para tentar confirmar se Cristian teria atirado contra os brigadianos antes de ser morto. O delegado ainda afirma que está investigando se o jovem morto no bairro Cascata possui alguma relação com o homem preso no bairro Restinga, suspeito de participar dos ataques aos coletivos na zona sul da Capital.
O comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Kleber Rodrigues Goulart, afirma que abriu um inquérito policial militar (IPM) para investigar a conduta dos policiais militares na ação.
O caso
Por volta das 19h desta terça-feira (1º), a Brigada Militar fazia um policiamento de rotina no Morro da Embratel, no bairro Cascata, quando se iniciou um tiroteio na região. Cristian Luciano Gustavo da Rosa, 18 anos, foi atingido por disparos na altura da Travessa Menino Deus. O jovem foi encaminhado para o Hospital Divina Providência, mas morreu antes de chegar no local.
Após a morte do jovem, cinco ônibus e um lotação foram incendiados em cinco pontos diferentes na Zona Sul da Capital. Cristian tinha passagem por furto qualificado, tentativa de homicídio qualificado, porte de arma restrita, roubos, lesão corporal, ameaça e ainda por um motim dentro da Fase.