A polícia francesa realiza mais de 150 operações antiterror nesta seguna-feira, após os ataques terroristas que deixaram 129 mortos. Na cidade de Lyon, cinco pessoas foram detidas e armas apreendidas. Ações semelhantes ocorreram também em Grenoble, Toulouse, Jeumont e em Bobigny, cidade dos arredores de Paris. Segundo o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, 23 pessoas foram detidas.
As investigações dos atentados de Paris também são feitas em Bruxelas, na Bélgica. Foram identificados mais dois terroristas dos atentados da sexta-feira (13). Um dos terroristas, Ahmad Al Mohammad, tinha passaporte sírio e foi identificado na Grécia em outubro. A autenticidade do documento ainda está sendo verificada.
O segundo, Samy Amimour, é um francês de 28 anos, nascido na periferia parisiense, que a justiça antiterrorista já conhecia e era alvo de um mandado internacional de captura desde 2013, disse o magistrado encarregado do inquérito, François Molins, em comunicado. Amimour esteve envolvido no massacre de 89 pessoas na sala de espetáculos Bataclan.
As emissoras RMC e BFM TV informaram que foi identificado um quarto terrorista suicida, Salim, de 29 anos e natural de Paris. Esse jihadista - do qual ainda não foi divulgado o sobrenome - foi um dos três que acionaram o colete de explosivos no Bataclan.
Antes, as autoridades identificaram Ibrahim Abdelslam, irmão do homem mais procurado na França, Salah, suspeito de ter integrado os comandos jihadistas que cometeram os massacres de Paris, e irmão também de Mohamed, detido sábado (12) em Bruxelas.
O primeiro dos autores dos ataques de Paris identificado pela polícia, Ismael Omar Mostefai, é supostamente filho de uma portuguesa e de um argelino.
Pior ataque desde 2004
Este foi o pior ataque terrorista na Europa desde 2004, quando 191 pessoas morreram em explosões cometidas em quatro comboios da rede ferroviária de trem de Madri. Sete terroristas promoveram série de ataques coordenados em seis diferentes locais da capital francesa.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria dos atentados, alegando ser uma resposta aos bombardeios realizados pela França e Estados Unidos na Síria e no Iraque. Além dos 129 mortos, outras 352 pessoas ficaram feridas. Delas, 99 estão em estado grave.
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