Uma década após acidente com ônibus escolar que matou 17 jovens em Erechim, ninguém foi condenado e o processo criminal corre o risco de prescrever. O veículo caiu na barragem da Corsan no dia 22 de setembro de 2004. O motorista e outros 15 passageiros conseguiram se salvar.
O caso não foi a julgamento ainda porque o Ministério Público e a Justiça discutem se o condutor, Juliano Moisés dos Santos, e os empresários responsáveis pelo transporte, Carlos Demoliner e Ernani Dassi, devem responder por homicídio doloso ou culposo.
A situação foi parar no Supremo Tribunal Federal. Nesta semana o ministro Luís Roberto Barroso deve se manifestar. Se ele decidir que devem responder por homicídio doloso, com intenção ou assumindo o risco de matar, os réus vão a júri e a pena poderia chegar a 30 anos. No caso de homicídio culposo, a sentença varia entre dois e quatro anos. Se a pena for a mínima, o crime estaria prescrito, como prevê a lei. O processo de indenização já foi encerrado na Justiça, totalizando cerca de R$ 13 milhões pagos pela Corsan.