
O secretário de Segurança interino, Juarez Pinheiro, vai se reunir nesta quarta-feira (23) com técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) para cobrar o mais breve possível o resultado do exame que vai apontar as substâncias que provocaram a morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos.
A análise atrasou porque o aparelho homogenizador de tecidos do Departamento de Perícias Laboratoriais estava estragado, mas o secretário disse que o exame foi realizado ainda nesta terça-feira em parceria com a PUC. Pinheiro também deu ordem para consertar o equipamento de forma emergencial.
O resultado deste laudo que vai apontar a causa da morte do menino agora depende de outras análises biológicas. No entanto, o secretário de Segurança vai solicitar aos peritos que façam o que for preciso, inclusive horas-extras, para obter o resultado o quando antes, respeitando os tempos biológicos dos materiais coletados.
Caso Bernardo
Bernando Uglione Boldrini foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, a madrasta e uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três Passos.
O pai chegou a afirmar que o garoto havia retornado com a madrasta de uma viagem a Frederico Westphalen, no dia 4, quando teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Bernardo deveria voltar no final da tarde do dia 6, o que não ocorreu.
Após dez dias de investigações, foram presos o pai, a madrasta e uma amiga dela. A suspeita é de que o menino tenha sido morto com uma injeção letal. Em entrevista coletiva, a delegada Virgínia Bamberg Machado, responsável pelo caso, afirmou não ter dúvidas do envolvimento dos três na morte de Bernardo.