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A Polícia Federal (PF) confirmou nesta quarta-feira (05) a prisão do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Ele era o único dos condenados do mensalão que estava foragido. A prisão ocorreu no norte da Itália e, de acordo com a PF, ocorreu em parceria com a polícia italiana.
Pizzolato fugiu para a Itália em novembro do ano passado, quando os primeiros réus foram presos. Como tem dupla cidadania, ele não pôde ser extraditado. A Polícia Federal ainda não confirmou se Pizzolato usou mesmo passaporte falso na fuga. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na terça-feira, o deputado João Paulo Cunha também foi preso. Ele cumpre pena na penitenciária da Papuda. Semana que vem a Câmara analisa se o parlamentar continua a receber benefícios, já que cumpre pena em regime semiaberto.
Doações sob suspeita
O Ministério Publico investiga as doações recebidas em campanha de petistas condenados no mensalão para pagar as multas estipuladas no processo. Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes alertou para a possibilidade de lavagem de dinheiro nas campanhas feitas pela internet.
O ex-presidente do PT, José Genoino, e o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, arrecadaram juntos cerca de R$ 1,7 milhão. As multas dos dois somam R$ 1,1 milhão. Os advogados informaram que a sobra de dinheiro será doada para o ex-ministro José Dirceu, que terá de pagar multa de R$ 971 mil.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) protocolou pedido para que a Procuradoria-Geral da República também investigue as doações.