A líder de extrema direita Marine Le Pen, seu partido Reagrupamento Nacional (RN) e outras 11 pessoas recorreram de suas condenações no caso dos falsos assistentes parlamentares, indicou uma fonte judicial.
Le Pen, que qualificou a sentença de "decisão política", terá seu recurso julgado em 2026, com a esperança de se livrar da condenação à inelegibilidade imediata que a impede atualmente de se candidatar à eleição presidencial de 2027.
Das 24 pessoas condenadas pelo tribunal correcional de Paris em 31 de março, metade aceitou suas penas após o julgamento em primeira instância por desvio de fundos públicos europeus. Um contador foi absolvido.
Segundo a sentença, Le Pen estava no "coração" de um "sistema" colocado em prática entre 2004 e 2016 para que os assistentes parlamentares de seu partido, pagos pelo Parlamento Europeu, trabalhassem "na verdade" para a formação, algo proibido.
A política, de 56 anos, foi condenada a cinco anos de inabilitação imediata e a quatro anos de prisão, embora ela só seja obrigada a cumprir dois anos em casa e com uma tornozeleira eletrônica quando a sentença se tornar definitiva.
Em plena onda de críticas contra a decisão por parte dos aliados nacionais e internacionais de Le Pen, a Justiça anunciou que o julgamento do recurso ocorreria em meados de 2026, a tempo de uma eventual candidatura à presidência.
* AFP