
O presidente Donald Trump afirmou nesta quinta-feira (24) que está pressionando fortemente a Rússia para encerrar o conflito na Ucrânia, horas após um dos piores ataques com mísseis registrados em Kiev nos mais de três anos de guerra.
Essas declarações do republicano parecem ser uma reprimenda ao líder russo, Vladimir Putin, pelo ataque com mísseis e drones lançado por Moscou contra a capital ucraniana horas antes, no qual ao menos 12 pessoas morreram.
— Estamos pressionando muito a Rússia, e a Rússia sabe disso — afirmou Trump, que tem sido acusado desde sua chegada à Casa Branca no final de janeiro de favorecer Moscou em busca de um acordo para pôr fim à guerra.
Questionado sobre o que está pedindo à Rússia, Trump respondeu:
— Que pare a guerra, que pare de tomar todo o país. Uma concessão bastante grande.
Sobre o ataque a Kiev na madrugada desta quinta-feira, declarou:
— Não gostei do que aconteceu ontem à noite. Não gostei. Estamos falando de paz e estão disparando mísseis.
O presidente também deixou um recado ao presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.
— Também é necessário que a Ucrânia queira chegar a um acordo — disse.
"Vladimir, pare!"
Mais cedo, nas redes sociais, Trump expressou sua insatisfação com os ataques, no momento em que tenta pressionar os dois lados a concordarem com um cessar-fogo.
"Não estou feliz com os ataques russos em Kiev", escreveu Trump nas redes sociais, em uma rara crítica ao presidente russo, Vladimir Putin.
"Desnecessário, e em um momento muito ruim. Vladimir, PARE! 5 mil soldados estão morrendo por semana. Vamos CONCLUIR o Acordo de Paz!", acrescentou.
Bombardeios
Nesta quinta-feira (24) a Rússia lançou uma série de mísseis e drones sobre a capital ucraniana, Kiev, que matou pelo menos nove pessoas e deixou mais de 80 feridas, segundo as autoridades.
A ofensiva, a maior em meses, empregou 145 drones e 70 mísseis balísticos. Vários prédios residenciais foram atingidos, e a busca por vítimas nos escombros dos imóveis que ruíram seguia pela manhã.
O ataque começou por volta de 1h (pelo horário local) e atingiu pelo menos quatro bairros de Kiev.