A promotoria americana acusou, nesta segunda-feira (14), o autor confesso do incêndio à residência do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, um democrata, de tentativa de homicídio, segundo o expediente judicial.
Além disso, Cody Balmer, 38 anos, foi acusado de terrorismo contra o governo, de rondar a área durante a noite sem justificativa, entre outras acusações.
Balmer disse à polícia que sentia "ódio de Shapiro" e que, se o tivesse encontrado na residência, "teria lhe atacado com seu martelo".
Shapiro, que é judeu e considerado um possível candidato à presidência em 2028, estava na residência com sua família quando um incêndio começou em outra parte da mansão de estilo georgiano em Harrisburg, Pensilvânia, na madrugada de domingo.
Segundo a polícia, o fogo causou "danos" na residência, mas não deixou vítimas.
"Graças a Deus, ninguém se feriu e o incêndio foi extinto", disse Shapiro, explicando que um policial bateu na porta da residência alertou a família que estava dormindo.
Shapiro fez um forte apelo ao fim da violência política. "Esse tipo de violência está se tornando muito comum em nossa sociedade, e não me importa se vem de um lado ou de outro... não está certo e precisa parar", disse.
Segundo o documento judicial, Balmer foi flagrado por câmeras de vigilância escalando um muro circundante. Ele então quebrou uma janela e jogou uma garrafa de cerveja cheia de gasolina, antes de quebrar outra janela, entrar na residência, atear fogo em outra garrafa e finalmente fugir do local.
Uma ex-companheira de Balmer ligou para a polícia e informou que o suposto incendiário queria se entregar, segundo a queixa criminal.
Mais tarde, Balmer foi à delegacia e disse a um policial que ele era o responsável pelo incêndio.
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, disse no X que estava "profundamente aliviada com o fato de o governador Shapiro e sua família estarem a salvo".
* AFP
