O governo do Irã afirmou, neste domingo (9), que consideraria manter negociações nucleares com os Estados Unidos, mas apenas devido a preocupações externas sobre a "potencial militarização" de seu programa.
Uma publicação na rede X da missão do Irã nas Nações Unidas chega um dia após o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, criticar o que ele descreveu como táticas de "intimidação" para negociações depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, o ameaçou com uma ação militar.
"Se o objetivo das negociações é abordar as preocupações sobre qualquer possível militarização do programa nuclear do Irã, tais discussões podem ser consideradas", disse a publicação iraniana.
"No entanto, se o objetivo é desmantelar o programa nuclear pacífico do Irã para alegar que o que (o ex-presidente dos EUA Barack) Obama não conseguiu alcançar já foi alcançado, tais negociações nunca ocorrerão", enfatizou.
A publicação se referia ao acordo nuclear formalmente conhecido como Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA), firmado entre Teerã e as principais potências em 2015, sob os auspícios do então presidente dos EUA, Barack Obama (2009-2021).
O acordo ofereceu alívio de sanções contra o Irã em troca de limites em suas atividades nucleares. Em 2018, Trump abandonou a medida durante seu primeiro mandato (2017-2021) e restabeleceu as sanções radicais contra o Irã.
Teerã cumpriu com os termos por mais um ano antes de começar a recuar em seus próprios compromissos.
* AFP