
Os Estados Unidos e a Rússia pediram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma reunião a portas fechadas devido à escalada da violência na Síria, que já registrou mais de mil mortes. As informações são do g1.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que tem sede no Reino Unido e monitora a situação na Síria, foram mortos 745 civis, 125 membros das forças de segurança sírias e 148 combatentes leais ao ex-ditador Bashar al Assad entre sábado e domingo.
A violência começou após o novo governo reprimir uma insurgência da minoria alauita, à qual pertence Assad, nas províncias de Latakia e Tartous.
O presidente interino da Síria, Ahmad Sharaa, fez um pedido por "unidade nacional" e "paz civil" neste domingo (9). Além disso, ele afirmou que os responsáveis pelo "derramamento de sangue" serão responsabilizados e punidos.
O líder, cujo movimento rebelde derrubou Assad em dezembro, acusou os seguidores do ex-ditador e potências estrangeiras, que ele não especificou, de fomentar a agitação no país.
Os alauítas negam essa versão e afirmam que têm sido alvo de perseguição dos sunitas radicais que tomaram o poder e que são vistos por esses radicais como "hereges".
Reação internacional
Em comunicado, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, pediu às autoridades sírias que responsabilizem os "terroristas islâmicos radicais".
"Os Estados Unidos condenam os terroristas islâmicos radicais, incluindo jihadistas estrangeiros, que assassinaram pessoas no oeste da Síria nos últimos dias", diz o texto.
No Reino Unido, o ministro das Relações Exteriores, David Lammy, disse que os relatos de mortes generalizadas de civis nas regiões costeiras da Síria são “horríveis”, pedindo às autoridades de Damasco proteção aos sírios.
O alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, disse que as mortes de civis "devem cessar imediatamente". Além disso, a Alemanha pediu "veementemente a todas as partes que ponham fim à violência".