Os Estados Unidos impuseram sanções econômicas, nesta terça-feira (18), a uma líder da organização de contrabando de pessoas guatemalteca "López" por introduzir de maneira irregular os migrantes em território americano, informou o Departamento do Tesouro.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), dependente deste departamento, acusa Jumilca Sandivel Hernández Pérez de fazer parte da López e de ter "coordenado com La Línea, uma organização de tráfico de drogas, para trazer migrantes sem documentos para os Estados Unidos", afirma em um comunicado.
La Línea "é responsável pelos assassinatos de nove cidadãos americanos, incluindo seis crianças, em novembro de 2019, no estado mexicano de Sonora (norte)", afirma.
Além disso, junto com outros membros da López, a mulher sancionada usou "bancos americanos para receber e emitir pagamentos como parte de suas operações de contrabando de pessoas", acrescentou.
Como resultado das sanções, todos os bens e participações de Hernández Pérez em ativos localizados nos Estados Unidos ou em posse ou controle de cidadãos americanos estão bloqueados.
Segundo autoridades americanas, López gerou entre US$ 104 milhões e US$ 416 milhões (R$ 503 milhões e R$ 2 bilhões na cotação da época) em lucros ilícitos entre setembro de 2020 e 2023, cobrando de cada migrante entre US$ 13 mil e US$ 16 mil (R$ 62.930 e R$ 77.451, na cotação da época).
O governo Trump perseguirá "atores criminosos como Hernández Pérez e a organização de contrabando de pessoas López, que perpetuam a crise da migração ilegal e ameaçam a segurança dos americanos", disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, segundo o comunicado.
Agentes especiais lançaram uma operação contra López em 2023 e, em julho de 2024, vários de seus membros foram sancionados.
* AFP