
A Casa Branca foi consultada pelo governo de Israel antes da retomada dos ataques contra o Hamas na Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira (18). Foi o que informou a secretária de imprensa, Karoline Leavitt, em entrevista ao canal Fox News.
— O governo do presidente Donald Trump e a Casa Branca foram consultados pelos israelenses sobre os ataques a Gaza nesta noite — disse.
Está é a maior ofensiva israelense em Gaza em meses e acontece após os Estados Unidos lançarem um bombardeio contra rebeldes houthis, grupo apoiado pelo Irã no Iêmen.
— Como o presidente Trump deixou claro, o Hamas, os houthis, o Irã, todos aqueles que procuram aterrorizar não apenas Israel, mas também os Estados Unidos, terão um preço a pagar: o inferno — afirmou Karoline.
Ataque em Gaza
Pelo menos 330 pessoas morreram durante o ataque israelense em Gaza na madrugada desta terça-feira, incluindo crianças, informou a Defesa Civil do território palestino.
— Mais de 220 mártires (...) a maioria crianças, mulheres e idosos, ficaram como resultado do ataque — disse o porta-voz da agência, Mahmud Basal.
Ele acrescentou que a operação militar continua e está afetando escolas e campos de deslocados.
Os ataques ordenados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu ministro da Defesa, Israel Katz, devem-se à recusa do Hamas em libertar os israelenses mantidos em cativeiro e à rejeição das propostas dos EUA de negociar a continuação do cessar-fogo.
O Hamas acusou Netanyahu de sacrificar os reféns ao reiniciar a guerra como uma "tábua de salvação" diante de seus problemas políticos internos.
— A decisão de Netanyahu de retomar a guerra é uma decisão de sacrificar os prisioneiros da ocupação e impor uma sentença de morte a eles — disse Izzat al-Rishq, uma autoridade do grupo, em um comunicado.
O que diz o Hamas
O Hamas está "trabalhando com mediadores internacionais" para "deter a agressão de Israel", disse um líder do movimento islâmico palestino à AFP, após uma noite de intenso bombardeio militar israelense na Faixa de Gaza.
O Hamas "aceitou o acordo de cessar-fogo e o implementou integralmente, mas a ocupação israelense renegou seus compromissos (...) ao retomar a agressão e a guerra", disse a autoridade.
Até o momento, o movimento palestino não respondeu aos ataques israelenses.