Três ex-funcionárias da Harrods de Londres acusaram outro irmão de seu dono, Mohamed Al Fayed, de agressão sexual, depois que centenas de acusações semelhantes contra o magnata que foi proprietário da loja de departamentos de luxo foram reveladas, informou a BBC nesta sexta-feira (7).
O único dos três irmãos ainda vivo, Ali Fayed, de 81 anos, foi acusado de agressões quando as ex-funcionárias trabalhavam na loja de departamentos na década de 1990.
Mais de 400 mulheres apresentaram denúncias de agressão sexual, incluindo estupro, contra o ex-proprietário do Harrods e do Fulham Football Club, Mohamed Al Fayed, após um documentário exibido pela BBC em setembro.
Em novembro, três mulheres acusaram outro irmão, o falecido Salah Fayed, de agredi-las durante o período em que ele era coproprietário da loja de departamentos com Mohamed.
Na mesma semana, o jornal The New York Times publicou uma queixa apresentada por uma das vítimas de Ali Fayed, acusando-o de estar ciente de um "tráfico" de mulheres.
Agora, três ex-funcionárias dizem que foram agredidas por Ali Fayed em Londres, Escócia, Suíça e Estados Unidos quando a loja de departamentos era de propriedade dos irmãos e da qual Ali era diretor, de acordo com a BBC.
Uma mulher, conhecida como Amy, disse que "suportou" abusos de Mohamed Al Fayed por três anos quando trabalhou como assistente pessoal dele, e também foi "apalpada" por Ali em um chalé da família Fayed na Suíça.
A ex-funcionária disse à BBC que queria uma "explicação" de Ali Fayed, o único irmão vivo, depois que Salah morreu em 2010 e Mohamed em 2023.
Uma ex-designer de interiores da Harrods, identificada apenas como Frances, disse que foi abusada repetidamente por Mohamed Al Fayed antes de ser "molestada" pelo irmão mais novo dele em um apartamento no centro de Londres e depois na casa da família em Connecticut, nos Estados Unidos.
Laura, a terceira suposta vítima, sofreu uma "grave agressão sexual" por Ali Fayed, de acordo com a BBC.
Um porta-voz de Ali Fayed disse que o magnata negou todas as acusações.
O grupo Justiça pelas Sobreviventes da Harrods, que representa centenas de mulheres que alegaram abusos cometidos por Mohamed Al Fayed, anunciou que representa as três mulheres no caso.
A polícia de Londres afirmou que iniciou uma nova investigação sobre as denúncias de agressão sexual contra Mohamed Al Fayed e que identificou pelo menos 90 vítimas.
* AFP
