O Irã está disposto a negociar com os Estados Unidos, mas não sob a política de "máxima pressão" defendida pelo presidente americano Donald Trump, declarou o chanceler iraniano neste sábado (8).
"O levantamento das sanções requer negociações, mas não em um contexto de 'máxima pressão', já que, neste caso, não seria uma negociação, mas uma forma de rendição", declarou o ministro das Relações Exteriores Abbas Araghchi, em comunicado publicado em sua conta na plataforma Telegram.
Na sexta-feira, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, instou o governo a rechaçar uma negociação com os Estados Unidos, um governo que ele classificou como "imprudente".
Khamenei, que tem a última palavra no Irã em questões estratégicas, justificou sua posição por conta da "experiência" de outros acordos com Washington que não foram respeitados.
Em 2015, o Irã fechou um acordo com Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, China e Rússia para limitar seu programa nuclear a objetivos civis, em troca do levantamento das sanções contra sua economia.
Mas os Estados Unidos se retiraram unilateralmente do acordo durante o primeiro governo Trump.
* AFP