Enchentes e deslizamentos de terra causados pela intensa temporada de chuvas na Bolívia deixaram 23 mortos desde novembro passado e cerca de 26.000 desabrigados, informou o Vice-Ministério da Defesa Civil nesta quarta-feira (5).
"O número de mortos subiu para 23 e duas pessoas estão desaparecidas", disse Juan Carlos Calvimontes, chefe da instituição, em entrevista coletiva.
A maioria das mortes foi registrada nos departamentos de Cochabamba (8), La Paz (6) e Chuquisaca (5).
Segundo Calvimontes, La Paz - declarada em estado de "emergência" - é "o departamento mais afetado" pelas chuvas, que em princípio se estenderão até abril.
Dos 343 municípios estabelecidos na Bolívia, 22 foram declarados em estado de "desastre" - 19 deles em La Paz - afirmou o vice-ministério em seu relatório mais recente.
Até agora, 332 casas foram destruídas e 26.000 pessoas foram afetadas em todo o país.
A última estação chuvosa, que começou em novembro de 2023 e terminou em abril de 2024, deixou um total de 55 mortos, segundo dados oficiais.
Na semana passada, o Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia da Bolívia (Senamhi) emitiu "um alerta hidrológico que se aplica a cinco departamentos (...) onde há probabilidade de que os rios" que os atravessam "transbordem", disse Calvimontes.
Além disso, na planície tropical conhecida como Chaco, no sudoeste do país, nos departamentos de Tarija, Chuquisaca e Santa Cruz, as autoridades emitiram um "alerta laranja" devido ao aumento das temperaturas.
"A previsão é de que as temperaturas ultrapassem os 41 graus Celsius. Esse é o contraste que estamos vivendo com outras regiões do país", acrescentou Calvimontes.
* AFP