A ministra das Relações Exteriores da República Democrática do Congo (RDC), Therese Kayikwamba Wagner, denunciou, nesta quarta-feira (5), em Bruxelas, a falta de reação da comunidade internacional à ofensiva rebelde no leste de seu país.
"Vemos muitas declarações, mas não vemos nenhuma ação", disse Wagner após uma reunião com seu homólogo belga, Maxime Prevot.
No início do dia, o movimento rebelde M23, apoiado por Ruanda, lançou uma nova ofensiva na cidade de Goma, no leste do país, apesar do anúncio de um cessar-fogo apenas um dia antes.
"Essa crise é uma ameaça à paz e à segurança internacionais, já que mais de 4.000 soldados ruandeses reivindicam o direito de ocupar ilegalmente um território soberano", disse o diplomata.
"Este é um conflito internacional", reforçou.
O leste da RDC é uma região rica em recursos naturais, como ouro, tântalo e estanho, que são usados para baterias e aparelhos eletrônicos.
O governo acusa a vizinha Ruanda de querer saquear esses recursos.
Ruanda, por outro lado, diz que busca erradicar os grupos armados da região, principalmente aqueles que foram criados por ex-oficiais hutus após o genocídio tutsi de 1994 naquele país.
* AFP