O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que "preferiria" evitar a imposição de tarifas sobre a China, depois de repetir diversas vezes durante a campanha que aumentaria as tarifas sobre produtos de seu principal rival econômico.
Perguntado em uma entrevista à Fox News na quinta-feira (23) se um acordo com o líder chinês, Xi Jinping, sobre a ilha de Taiwan e a questão comercial é possível, Trump respondeu que "preferiria não ter que usar as tarifas, mas é um poder enorme sobre a China".
— Eu posso fazer isso porque tenho algo que eles querem: uma mina de ouro. Temos um grande poder sobre a China, as tarifas, e eles não as querem — disse.
Trump disse ainda que teve uma conversa telefônica "amigável" com o presidente chinês na semana passada.
— Eles são um país muito ambicioso, ele é um homem ambicioso. Tínhamos um relacionamento muito bom — afirmou o republicano, em referência à primeira passagem pela Casa Branca, entre 2017 e 2021.
Após a posse na segunda-feira (20), Trump disse que o governo planeja impor tarifas de 10% sobre os produtos da China, a segunda maior economia do mundo, a partir de 1º de fevereiro. Durante a campanha para a Casa Branca, ele disse que essas tarifas poderiam chegar a 60%.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou nesta sexta-feira (24) que os dois países podem resolver suas diferenças por meio do "diálogo".
— A cooperação econômica e comercial entre a China e os Estados Unidos é benéfica para ambos os lados. As guerras comerciais e tarifárias não têm vencedores e não servem aos interesses de ninguém — disse ela, declarando que seu país nunca busca deliberadamente ter um superávit comercial.