Os preços do petróleo oscilaram nesta sexta-feira (31) e terminaram em leve baixa, enquanto o mercado aguardava para saber se as tarifas alfandegárias anunciadas pelo governo dos Estados Unidos incluiriam o petróleo, o que foi confirmado mais tarde.
O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em março caiu 0,14%, a 76,76 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI) para a mesma data recuou 0,27% e fechou em 72,53 dólares.
A Casa Branca anunciou a imposição, a partir deste sábado, de tarifas sobre produtos provenientes dos três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos: Canadá, México e China.
O presidente Donald Trump tem repetidamente ameaçado essas nações, acusando-as de não fazer o suficiente para combater o tráfico de fentanil e evitar a migração ilegal para os Estados Unidos.
A porta-voz do governo americano, Karoline Leavitt, confirmou a medida nesta sexta-feira.
"O presidente vai impor tarifas de 25% ao México, 25% ao Canadá e 10% à China devido ao fentanil ilegal que produzem e permitem distribuir em nosso país", assim como pelos migrantes que entram ilegalmente nos Estados Unidos, declarou.
"Vamos impor tarifas aos microchips [...] ao petróleo e ao gás", disse Trump aos jornalistas no Salão Oval na noite desta sexta.
Antes do anúncio da decisão, John Kilduff, da Again Capital, disse à AFP que o mercado estava à espera de "esclarecimentos sobre a possibilidade de deixar de fora [da medida] o petróleo".
Embora os Estados Unidos sejam o maior produtor mundial de petróleo, a notícia de que o petróleo importado pagará tarifas alfandegárias é significativa: de acordo com um relatório do Congresso, Canadá e México representam 71% das importações de petróleo bruto do país. O Canadá, sozinho, responde por 60% do volume importado.
Uma tarifa de 25% seria repassada diretamente ao custo das refinarias e, consequentemente, ao preço dos produtos petrolíferos comprados pelos consumidores americanos.
* AFP