O escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou neste sábado (25) que Israel não irá permitir o retorno de palestinos para o norte da Faixa de Gaza até que o grupo terrorista Hamas liberte a refém Arbel Yehud, uma civil que o país considera que está viva.
O anúncio foi feito durante a troca de reféns e prisioneiros prevista no acordo de cessar-fogo. Uma fonte do grupo terrorista Hamas afirmou à agência Reuters que Arbel Yehud está viva e será libertada no próximo sábado (1º).
De acordo com o documento aprovado de cessar-fogo, as mulheres civis deveriam ser libertadas antes dos soldados, mas isso não aconteceu na manhã deste sábado, quando quatro israelenses que foram sequestradas de uma base militar em Israel foram libertadas.
Em contrapartida pela libertação das quatro militares, Israel soltou 200 prisioneiros palestinos. Ele estavam detidos por crimes "contra a segurança" do país.
Preocupação
Em uma declaração à imprensa, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, disse que o grupo terrorista Hamas violou o acordo de cessar-fogo. "O Hamas não cumpriu as obrigações de libertar as mulheres civis primeiro."
Hagari apontou que Israel espera que Arbel Yehud seja libertada logo, assim como Shiri Bibas e seus dois filhos, Ariel e Kfir. O porta-voz disse que existe "grande preocupação" em relação a Shiri e seus filhos.
A libertação
O grupo terrorista Hamas libertou quatro reféns israelenses na manhã deste sábado, como parte do acordo de cessar-fogo com Israel.
- Karina Ariev, 20 anos
- Daniella Gilboa, 20
- Naama Levy, 20
- Liri Albag, 19
Elas foram entregues à Cruz Vermelha e já estão em Israel. Antes, foram levadas para uma base militar israelense perto da fronteira, onde se reuniram com parentes e passaram por avaliação de médicos do Exército, que apontaram "condições físicas razoavelmente boas".
As quatro mulheres foram capturadas há mais de um ano durante o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023, quando 1,2 mil pessoas foram assassinadas e 250, feitas reféns. Elas cumpriam o serviço militar em uma base próxima da Faixa de Gaza.
O acordo de cessar-fogo
Na primeira fase do acordo, o grupo terrorista Hamas concordou em libertar 33 reféns dos quase cem que ainda estão em Gaza em troca de mais de 1 mil palestinos que estão em prisões israelenses e uma retirada parcial das tropas de Israel em Gaza.
Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver — e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um entendimento seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar a sua campanha militar após o término da primeira fase.
Caso um acordo seja realizado para a continuidade do cessar-fogo, o grupo terrorista Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da "retirada completa" das forças israelenses de Gaza, de acordo com o rascunho do acordo.
Em uma terceira fase, os corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos, que seria executado em Gaza sob supervisão internacional.