Bombeiros e brigadistas controlaram um incêndio que pode ter sido "provocado" no planalto de Chingaza, que fornece água para a capital colombiana, Bogotá, afetada desde o ano passado pelo racionamento do precioso líquido, informaram autoridades nesta quarta-feira (15).
"O incêndio em Chingaza foi controlado. Neste momento, os sobrevoos de drones continuam para verificar se há focos isolados e monitorar para que o incêndio não reinicie", escreveu o prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, em sua conta na rede X.
"O incêndio, localizado em uma área altamente conservada perto da lagoa de Chingaza, afetou 147 hectares", disse a ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhamad, em uma atualização do balanço inicial.
Investigações preliminares sobre a origem do incêndio indicam que ele "pode ter sido provocado", acrescentou a ministra.
O incêndio começou na terça-feira à noite e as chamas se espalharam durante a madrugada desta quarta-feira. Imagens compartilhadas pelo Exército e tiradas por volta de meia-noite mostram soldados ajudando a apagar as grandes chamas.
Pela manhã, a Força Aeroespacial da Colômbia divulgou imagens aéreas dos focos que ainda estavam ativos. Colunas de fumaça ainda saíam de uma grande mancha preta no meio da vegetação, bem perto de uma lagoa.
"A emergência de Chingaza está 95% sob controle", disse Paula Henao, diretora do Corpo de Bombeiros de Bogotá, em seu último relatório.
O Parque Nacional Natural Chingaza, localizado na cordilheira oriental andina, ao nordeste de Bogotá, cobre uma área de mais de 70.000 hectares. Seus pântanos abastecem a lagoa de Chuza, reservatório que abastece 70% da demanda de água de Bogotá e outros municípios vizinhos.
Desde março do ano passado, Bogotá sofre um racionamento de água por setores devido aos baixos níveis registrados nos reservatórios que abastecem a metrópole, em meio a uma seca intensa.
Em janeiro de 2024, a falta de chuvas, causada pelo fenômeno El Niño prolongado pelas mudanças climáticas, causou centenas de incêndios florestais na Colômbia que consumiram cerca de 17.100 hectares de floresta.
* AFP
