O ministro das Relações Exteriores da Síria declarou, nesta quarta-feira (22), que a suspensão das sanções econômicas impostas ao país durante o governo de Bashar al Assad seria "chave" para sua estabilidade.
"A remoção das sanções econômicas é essencial para a estabilidade na Síria", afirmou Assad al Shaibani durante um encontro com o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
As sanções "foram originalmente instauradas para o [benefício] do povo sírio, mas agora o estão prejudicando", acrescentou.
Em 8 de dezembro, forças lideradas por islamistas tomaram o controle de Damasco e depuseram Assad, pondo fim a mais de 50 anos de governo autoritário de sua família.
As novas autoridades agora pressionam as potências ocidentais para suspender as sanções estabelecidas ao governo anterior devido à sua brutal repressão aos protestos contra Damasco em 2011, o que desencadeou a guerra civil.
Quase 14 anos de conflito devastaram a infraestrutura e a economia do país. "O povo sírio não deve ser punido" pelas medidas dirigidas contra o governante deposto.
"Herdamos um estado colapsado do regime de Assad, não há um sistema econômico", continuou, expressando a esperança de que "a economia será aberta no futuro".
Mais cedo, nesta quarta-feira, Shaibani disse ao Financial Times que um comitê havia sido criado para estudar "a condição econômica da Síria e sua infraestrutura, e se concentraria nos esforços de privatização, inclusive nas fábricas de petróleo, algodão e móveis".
A Síria "explorará parcerias público-privadas para incentivar o investimento em aeroportos, ferrovias e estradas", de acordo com sua entrevista ao jornal.
* AFP