O prêmio Nobel da Paz é concedido desde 1901 a homens, mulheres e organizações que trabalharam para o progresso da humanidade, conforme o desejo de seu criador, o inventor sueco Alfred Nobel. Ele é lembrado como o patrono das artes, das ciências e da paz.
A ativista iraniana Narges Mohammadi recebeu, nesta sexta-feira (6), o Prêmio Nobel da Paz de 2023. Ela foi laureada em reconhecimento à luta pelos direitos humanos e pela liberdade no Irã, especialmente no que se refere à abolição da pena de morte e à igualdade das mulheres. Ao todo, ela foi sentenciada a 31 anos de prisão e a 154 chicotadas por enfrentar as restrições da região. Atualmente, Mohammadi cumpre pena em Teerã.
Até hoje, cinco vencedores não puderam participar da cerimônia em Oslo. Em 1936, o jornalista e pacifista alemão Carl von Ossietzky estava em um campo de concentração nazista. Em 2010, o dissidente chinês Liu Xiaobo foi preso e, portanto, sua cadeira, na qual o prêmio foi depositado, ficou simbolicamente vazia. Desde 1974, os estatutos da Fundação Nobel estipulam que um prêmio não pode ser concedido postumamente, a menos que a morte ocorra após o anúncio do nome do vencedor.
Confira os 10 últimos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz:
- 2023: a defensora iraniana dos direitos das mulheres Narges Mohammadi, presa no Irã, premiada "por sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e por sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade para todos";
- 2022: o ativista bielorrusso dos direitos humanos Ales Bialiatski, a organização russa Memorial e o Centro para as Liberdades Civis da Ucrânia, "por seus impressionantes esforços para documentar crimes de guerra, violações dos direitos humanos e abusos de poder";
- 2021: os jornalistas Maria Ressa (Filipinas) e Dmitri Muratov (Rússia) "por seus esforços para salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma condição prévia para a democracia e uma paz duradoura";
- 2020: Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), por "seus esforços na luta contra a fome, por sua contribuição para melhorar as condições de paz em zonas de conflito e por ter promovido esforços para não transformar a fome em uma arma de guerra";
- 2019: Abiy Ahmed, primeiro-ministro etíope, pela reconciliação entre seu país e a Eritreia;
- 2018: o ginecologista Denis Mukwege (República Democrática do Congo) e yazidi Nadia Murad, por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra;
- 2017: Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (ICAN), por sua luta pela abolição deste armamento;
- 2016: Juan Manuel Santos, por ter contribuído para pôr fim a meio século de guerra interna na Colômbia;
- 2015: Quarteto para o Diálogo Nacional na Tunísia, que permitiu, então, salvar a transição democrática tunisina;
- 2014: Malala Yousafzai (Paquistão) e Kailash Satyarthi (Índia), por sua luta contra a exploração de crianças e jovens e pelo direito de todos à educação.