Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (19, noite de quinta em Brasília), uma nova série de sanções contra a "máquina de guerra" russa como parte da campanha para aumentar a pressão sobre Moscou durante a cúpula do G7 no Japão, informou um funcionário americano.
Todos os países-membros do G7 estão preparando sanções, que incluem um pacote substancial dos EUA que "tornará ainda mais difícil para a Rússia sustentar sua máquina de guerra", disse o funcionário aos repórteres, em condição de anonimato.
As medidas americanas têm por objetivo "restringir de maneira importante o acesso da Rússia aos produtos necessários para suas capacidades de combate", assinalou a fonte.
Concretamente, os Estados Unidos proibirão as exportações americanas para 70 entidades na Rússia e em outros países.
Além disso, aplicarão 300 sanções contra alvos diversos e variados, como "indivíduos, organizações, barcos e aeronaves", em Europa, Oriente Médio e Ásia.
Os países ocidentais impuseram sanções sem precedentes contra a Rússia desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, para afetar economicamente esse país, reduzindo as receitas geradas pelos hidrocarbonetos, e desorganizar sua indústria de defesa.
Sua preocupação agora é impedir que a Rússia consiga driblar essas sanções, e as últimas medidas americanas também têm como objetivo reduzir a possibilidade de que isso aconteça.
Washington quer "influenciar no setor financeiro [russo] e na capacidade russa de produção de energia a médio e longo prazo", assinalou o funcionário da Casa Branca.
Trata-se também de "manter o congelamento dos ativos soberanos" russos.
Esta fonte americana não quis dar detalhes sobre as sanções que serão anunciadas pelos outros países do G7 e apontou que elas serão mencionadas em um comunicado da cúpula dedicado à Ucrânia.
Os Estados Unidos querem "afinar ainda mais [suas] sanções com as impostas pela União Europeia e o Reino Unido para garantir que o G7 siga o mais coeso possível".
* AFP