O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, anunciou nesta quarta-feira (21) a abertura de uma investigação civil sobre a atuação do Departamento de Polícia de Minneapolis, um dia depois que o ex-policial branco Derek Chauvin foi condenado por assassinar George Floyd, um homem negro.
— Hoje anuncio que o Departamento da Justiça abriu uma investigação civil para determinar se o Departamento de Polícia de Minneapolis segue um padrão ou prática de vigilância inconstitucional ou ilegal — disse Garland.
Ele afirmou que a investigação civil, separada de uma investigação criminal em andamento sobre a morte de Floyd, analisará se a cidade do norte dos Estados Unidos aplica uma política sistemática de uso da força excessiva, inclusive durante protestos legais.
Também vai analisar se a polícia da cidade tem um padrão de discriminação e tratamento ilegal contra pessoas com problemas de comportamento, disse Garland.
Se forem encontradas provas de um padrão de práticas ilegais, a investigação possivelmente poderia levar a uma ação civil que busque obrigar a cidade a empreender reformas radicais em seu Departamento de Polícia.
— O Departamento da Justiça será inabalável em sua busca por justiça igualitária sob a lei — Garland.
Derek Chauvin, 45 anos, foi declarado culpado na última terça-feira (20) das três acusações de assassinato e homicídio culposo de George Floyd durante sua prisão em 25 de maio de 2020 em Minneapolis por supostamente comprar cigarros com uma nota falsa de US$ 20.
Chauvin foi gravado em um vídeo por pedestres enquanto pressionava um de seus joelhos no pescoço do afro-americano de 46 anos durante mais de nove minutos, mesmo com Floyd implorando:
— Por favor, não consigo respirar.