As autoridades hondurenhas anunciaram nesta sexta-feira (13) desalojamentos forçados de devido à formação da tempestade tropical Iota no Caribe, enquanto continuam atendendo dezenas de milhares de afetados pelo ciclone Eta, e na Guatemala a população foi orientada a fazer evacuações voluntárias.
"O alerta vermelho ordena a desocupação obrigatória", com a presença da polícia e militares, disse Julissa Mercado, porta-voz da Comissão de Contingência Permanente (Copeco) de Honduras, à AFP.
O órgão de proteção civil ratificou nesta sexta-feira "o alerta vermelho por tempo indeterminado" devido à ameaça do novo ciclone que, nesta sexta, ganhou força e se tornou uma tempestade tropical, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
Na Guatemala, a Coordenadora Nacional para a Redução de Desastres (Conred) emitiu recomendações para as províncias de Petén, Izabal e Alta Verapaz (norte e nordeste), que ainda mantêm comunidades afetadas pelo Eta.
A instituição pediu aos habitantes que evitem se aproximar de rios com vazão aumentada e outras áreas de risco, assim como tomar a iniciativa de partirem "se for necessário" aos abrigos mais próximos.
"Nossos solos estão saturados e é previsível que tenhamos consequências a lamentar de novo na infraestrutura e na agricultura", disse o presidente guatemalteco, Alejandro Giammattei, a respeito da aproximação do novo ciclone, após se reunir na Cidade da Guatemala com seu contraparte hondurenho, Juan Orlando Hernández.
Iota segue um rumo semelhante ao do Eta, que atingiu o Caribe Norte, na Nicarágua, como um furacão de categoria 4.
O Eta causou o transbordamento dos grandiosos rios Ulúa, Chamelecón, Humuya e outros nas proximidades de San Pedro Sula, 180 km ao norte da capital.
No restante de Honduras, houve deslizamentos de terra que, juntos, deixaram mais de 60 mortos e 2,7 milhões de pessoas afetadas.
O Eta causou mais de 200 mortes na América Central nos primeiros dias de novembro, segundo estimativas oficiais.
Segundo autoridades da Copeco, mais de 40.000 pessoas ainda permanecem em abrigos em Honduras, pois suas casas foram inundadas.
* AFP