Singapura registrou nesta quinta-feira (16) um aumento recorde de casos de coronavírus, cujo foco principal seriam dormitórios que hospedam trabalhadores estrangeiros, enquanto a cidade-Estado combate uma segunda onda de infecções.
Inicialmente, a próspera Singapura foi vista como um modelo na luta contra a COVID-19, mas um salto repentino do número de casos desencadeou uma nova luta para conter sua propagação, o que é uma grande preocupação para o governo.
O Ministério da Saúde registrou 728 novos casos nesta quinta-feira ao meio-dia, o maior aumento em um único dia, elevando o número total de infectados para 4.427, com dez mortos.
"O número de novos casos entre os beneficiários de permissões de trabalho, que residem em dormitórios, aumentou significativamente", destacou o ministério em comunicado, enfatizando seus esforços na detecção e isolamento dos trabalhadores infectados.
Informou ainda que 654 infectados, ou seja, cerca de 90% dos novos casos foram detectados nos dormitórios das instalações desses imigrantes, e outros 26 também são trabalhadores estrangeiros que moravam em outros locais.
Cerca de 200.000 trabalhadores, a maioria do sul da Ásia, residem em 43 complexos habitacionais na Singapura, onde constituem uma parte essencial da força de trabalho do país.
Muitos deles trabalham na construção de arranha-céus e centros comerciais, por várias horas, e recebem entre 400 e 500 dólares mensais.
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* AFP