O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira (23) que planeja revelar seu plano de paz para o Oriente Médio antes da visita a Washington, na terça-feira (28), do premier israelense, Benjamin Netanyahu, e do líder opositor Benny Gantz. A declaração dada no avião presidencial Air Force One, antes de pousar na Flórida.
— É um plano excelente — disse Trump sobre o documento.
Em junho, Trump apresentou um capítulo econômico, que prevê um chamado a investimentos internacionais totalizando US$ 50 bilhões nos territórios palestinos e nos países árabes vizinhos ao longo de 10 anos.
Indagado sobre os possíveis contatos entre seu governo e os palestinos, que já declararam rejeição ao texto, Trump se mostrou evasivo.
— Podem reagir negativamente a princípio, mas na realidade isto é muito positivo para eles — disse.
A Autoridade Palestina reafirmou na quinta-feira a rejeição ao plano de paz da Casa Branca, e recordou que Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel. Os palestinos querem fazer de Jerusalém Oriental a capital do seu futuro Estado, mas Israel considera Jerusalém sua capital "unificada e indivisível".
Trump chegou ao poder em 2017 prometendo negociar a paz entre israelenses e palestinos, com o que chamou de "último acordo". Mas desde então adotou uma série de decisões que indignaram os palestinos, incluindo o corte de milhões de dólares em ajuda e a declaração de que os Estados Unidos já não consideram os assentamentos israelenses na Cisjordânia como ilegais.