Sessenta pessoas morreram na repressão aos manifestantes desde segunda-feira, quando as forças de segurança dispersaram à força um acampamento da oposição diante do quartel-general das Forças Armadas em Cartum, anunciou o Comitê Central de Médicos Sudaneses.
O comunicado anterior do Comitê. ligado aos manifestantes, citava mais de 35 mortos. A repressão, ordenada pelo Conselho Militar de Transição, que governa o Sudão desde 11 de abril, foi condenada pela ONU e vários países, incluindo Estados Unidos e Reino Unido.
O Comitê acusa as milícias do Conselho Militar de responsabilidade pela "matança".
A oposição considera que a Força de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) é a principal responsável pela dispersão violenta do acampamento diante da sede do exército, que aconteceu na segunda-feira, e pediu a continuidade dos protestos contra o poder militar.
O acampamento, que começou em 6 de abril, conseguiu a destituição do presidente Omar al-Bashir em 11 de abril, substituído pelo Comitê Militar de Transição.
Os manifestantes, no entanto, prosseguiram com o acampamento diante da sede das Forças Armadas para exigir a transferência de poder aos civis.
* AFP