O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que o governo de Vladimir Putin estaria disposto a debater com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a crise na Venezuela.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, conversou neste sábado (2), por telefone, com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que tem liderado o diálogo sobre a situação no país de Nicolás Maduro com vizinhos latino-americanos — e pressionado por ações mais efetivas contra o regime.
Após o telefonema, o Ministério de Relações Exteriores do governo Putin informou: "É necessário seguir estritamente os princípios da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU), uma vez que somente os venezuelanos têm o direito de determinar seu futuro".
Lavrov condenou as sanções impostas à Venezuela por países como os Estados Unidos. Segundo o governo russo, trata-se de "interferência flagrante" nos assuntos internos do país latino-americano e uma "violação flagrante" do direito internacional.
Os governos de Rússia, Cuba e China estão ao lado de Maduro. Por outro lado, mais de 50 nações, entre elas Estados Unidos, Colômbia e Brasil, apoiam Juan Guaidó, autodeclarado presidente desde 23 de janeiro.
Neste domingo (3), a presidente da Câmara Alta do parlamento russo, Valentina Matviyenko, reuniu-se com a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, e reafirmou o apoio do governo Putin a Maduro.
— Nos preocupa muito que os EUA possam realizar provocações para que seja derramado sangue (na Venezuela), encontrando, assim, uma desculpa para intervir — afirmou Valentina.