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O francês Salah Abdeslam, 28 anos, foi declarado culpado por tentativa de assassinato com caráter terrorista, nesta segunda-feira (23). Ele é o único sobrevivente dos atentados de Paris, em novembro de 2015.
A condenação se deu pela participação do tiroteio contra a polícia belga, em Bruxelas, em 15 março de 2016. O tunisiano Sofiane Ayari, 24 anos, que também participou da ação de caráter terrorista, foi considerado cúmplice de Abdeslam.
No dia do atentado, investigadores franceses e belgas foram surpreendidos por tiros durante uma batida policial na cidade de Forest, nos arredores de Bruxelas. O edifício onde estavam Abdeslam e Ayari foi considerado refúgio da célula terrorista. O tiroteio terminou com um jihadista morto e quatro policiais feridos.
Uma semana depois do enfrentamento entre os terroristas e a polícia ocorreu os atentados de Bruxelas que deixaram 32 mortos e mais de 300 feridos.
Segundo a sentença do tribunal belga, Abdeslam escreveu um documento dirigido a sua mãe no qual dizia: "Deus me guiou e me escolheu entre seus servos para abrir o caminho para Ele. Por isso tenho que combater os inimigos de Deus com minha força".
Nem Abdeslam – que está detido na França à espera de julgamento pelos ataques em Paris, que mataram 130 pessoas –, nem Ayari estavam presentes na audiência.