Em um clima de forte tensão, os opositores venezuelanos iniciaram, nesta quarta-feira (26), uma greve de 48 horas para obrigar o presidente Nicolás Maduro a suspender a eleição de uma Assembleia Constituinte, no domingo, que poderá, segundo a oposição, instaurar o comunismo no país. A paralisação começou às 6h com algumas ruas vazias e outras bloqueadas por barricadas e escombros, em vários pontos de Caracas e de outras cidades.
"Chega de ditadura", afirmam alguns cartazes espalhados pelos locais de protesto.
Em um vídeo postado no Twitter, em sua primeira mensagem na prisão domiciliar, o líder opositor Leopoldo López pediu aos militares venezuelanos que retirem seu apoio à Assembleia Constituinte.
– Eu os convido a não serem cúmplices da aniquilação da República, de uma fraude constitucional, da repressão – afirmou López, em prisão domiciliar desde 8 de julho, depois de passar três anos e cinco meses atrás das grades.
– Tenham a segurança de que contarão com os cidadãos e a Constituição – garantiu López.
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AFP