O programa nuclear da Coreia do Norte representa "uma ameaça para todos nós", declarou o secretário americano da Defesa, Jim Mattis, neste sábado (3), em Cingapura, convocando a comunidade internacional a agir de maneira conjunta.
"Por esse motivo, é imperativo que cada um faça sua parte para apoiar nossas metas comuns de uma desnuclearização da Península da Coreia", disse Mattis, em discurso durante uma cúpula da defesa em Cingapura.
"As ações do regime são claramente ilegais, segundo o Direito Internacional", insistiu.
"Há um amplo consenso internacional, segundo o qual a situação atual não pode continuar. A política manifestada pela China sobre uma desnuclearização da Península da Coreia também é nossa política, e do Japão e da República da Coreia", completou.
No mesmo evento, o secretário também criticou as ações de Pequim no Mar da China Meridional, afirmando que mostram "desprezo em relação ao Direito Internacional (...) e um desprezo frente aos interesses de outros países".
"O alcance e o efeito das atividades de construção no Mar da China Meridional realizadas por Pequim diferem das de outros países em vários pontos-chave", destacou Mattis.
As tensões entre Washington e Pequim aumentaram nos últimos anos por conta desta zona, que a China considera integralmente como parte de seu território, mas que também é reivindicado por vários países vizinhos.
Nos últimos anos, a China tem criado ilhas artificiais, a partir de pequenos recifes, para a instalação de bases militares.
Washington não aceita esta anexação dos recifes e defende uma solução diplomática para a disputa. "Vamos ter que trabalhar juntos".
Mattis busca reafirmar para seus aliados que os Estados Unidos conseguem pressionar a China no tema dos recifes. Ao mesmo tempo, quer convencer Pequim de que controlar a Coreia do Norte está em sintonia com seus próprios interesses.
* AFP