Quatorze milicianos e três policiais morreram, na quarta-feira, durante confrontos em Lisala, na região noroeste da República Democrática do Cong. A informação foi confirmada pelo governador da província de Mongala, Bienvenu Esimba.
– O balanço dos confrontos é de 14 milicianos da seita político-religiosa e três policiais mortos – declarou.
Os combates foram provocados pelo ataque de adeptos de uma seita milenarista, cujo guru, Wami-Nene, que morreu na quarta-feira, via o fim do mandato do presidente Joseph Kabila no país, em 20 de dezembro, como o princípio do fim dos tempos.
Leia mais
Erdogan diz que assassino de embaixador russo pertencia à rede de Gülen
Sob a neve, últimos moradores da zona rebelde de Aleppo aguardam retirada
De acordo com o governador Esimba, os milicianos da seita, armados com fuzis Kalashnikov AK-47, queimaram 47 casas, atacaram um mercado e invadiram a sede da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), uma instituição que consideram "inútil".
Os confrontos, que começaram na manhã de quarta-feira, terminaram em poucas horas, segundo o governador.
– Os policiais não conseguiram prender (o guru) porque parecia invulnerável. Foi necessária a intervenção dos militares para neutralizá-lo – disse Esimba, antes de explicar que as forças de segurança "agiram em situação de legítima defesa".
Nesta quinta-feira, a situação voltou à normalidade , anunciou o governador.
Situada às margens do rio Congo, em plena floresta equatorial, a 1 mil quilômetros ao nordeste de Kinshasa, Lisala é a capital da província de Mongala.