Dezenas de pessoas morreram pisoteadas e esmagadas neste domingo, durante o encontro religioso promovido anualmente pelo povo oromo em Bishoftu, cidade situada na região central da Etiópia, na África. Pelo menos 2 milhões de pessoas participavam do festival, e alguns começaram a gritar frases contra o governo. Em resposta, a polícia reagiu com gás lacrimogêneo e balas de borracha, desencadeando o pânico na multidão, que se espremeu perto do palco.
Tentando fugir, algumas pessoas caíram no fosso que rodeia o local e foram esmagadas. Há meses, a Etiópia é palco de protestos por mais liberdade política.
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O número exato de vítimas ainda é incerto, mas a imprensa internacional fala em 52 mortos. O governo culpa "pessoas preparadas para provocar tumultos". Os oromos são o grupo étnico mais numeroso da Etiópia e representam 35% da população do país, além de habitar parte do Quênia. Majoritariamente cristãos ou muçulmanos (embora alguns sigam a religião tradicional baseada na adoração ao deus Waaq), eles também são em sua maioria agricultores e criadores de gado. No entanto, há décadas o grupo diz ser marginalizado por Adis Abeba, motivando recorrentes protestos contra o governo.
*Zero Hora com agências