Três homens com documentação indicando origem síria foram presos nesta terça-feira na Alemanha por suspeita de conexão com os atentados de 13 de novembro de 2015, em Paris. O anúncio foi feito pelo ministro alemão do Interior, que falou de uma "possível célula adormecida".
– O estado atual das investigações da polícia criminal federal aponta vínculos com os criminosos de Paris de novembro de 2015 – disse Thomas de Maizière, que ressaltou que os três suspeitos chegaram no ano passado ao país junto ao fluxo de solicitantes de asilo, obtendo os documentos de identidade através dos mesmos grupos que os extremistas de 13 de novembro.
O ministro ressaltou, no entanto, a inexistência de evidências de que os suspeitos poderiam promover um atentado.
– Até o momento não há nenhuma indicação de que existia um planejamento concreto em andamento visando um atentado. Portanto, pode se tratar de uma célula adormecida – indicou o ministro.
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Vários dos terroristas de Paris, que deixaram 130 mortos, são provenientes de zonas controladas pelos extremistas da organização Estado Islâmico (EI), principalmente um de seus cérebros, Abdelhamid Abaaoud, um belga-marroquino de 28 anos, e dois homens com falsos passaportes sírios que o EI apresentou como iraquianos.
Segundo o ministro alemão, os três homens estavam sendo vigiados há meses e "não representaram perigo" em nenhum momento.
– Não posso dizer com certeza se os suspeitos eram realmente sírios – afirmou Maizière, limitando-se a apontar que em seus documentos de viagem está escrito que são sírios.
Todos foram detidos em centros de acolhida de solicitantes de asilo. A operação, que mobilizou 200 agentes da polícia, ocorreu no norte da Alemanha, segundo a procuradoria federal.
Os três homens, apresentados como Mahir al-H, de 27 anos, Mohamed A., de 26, e Ibrahim M., de 18, chegaram à Alemanha em novembro de 2015, no auge da crise migratória, durante a qual um milhão de solicitantes de asilo entraram no país.