Em maior ou menor grau, o que acontece na Rússia após as eleições parlamentares do último domingo é a caixa de ressonância dos demais países que pertenciam à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e ainda hoje orbitam sob o guarda-chuva do gigante fantasma.
Vinte anos após a extinção do bloco, as três repúblicas bálticas Letônia, Estônia e Lituânia juntaram-se à União Europeia, mas as 12 outras ex-repúblicas soviéticas permanecem, em diferentes níveis, países autoritários, divididos por interesses divergentes.
O ato de morte da URSS foi pronunciado há exatas duas décadas, em 8 de dezembro de 1991, com a criação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Lituânia, Estônia e Letônia, anexadas em 1940 pela União Soviética, foram as primeiras a declarar sua independência em 1991, antes de aderirem, em 2004, à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Os países da Ásia Central - Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tadjiquistão e Turcomenistão -, assim como o Azerbaijão e Belarus, são dirigidos por regimes regularmente criticados por violações aos direitos humanos.
Leia a reportagem completa na Zero Hora desta quinta-feira
Sob o fantasma do passado
Após 20 anos, ex-repúblicas soviéticas ainda flertam com o autoritarismo
Doze países que pertenciam à URSS continuam sendo ainda hoje países autoritários, divididos por interesses divergentes