O Consórcio de Municípios da Região Metropolitana projeta divulgar no fim da tarde desta terça-feira (30) o edital para seleção de aterros sanitários aptos a receberem os entulhos gerados pela enchente. O credenciamento foi adiado por conta de um ofício da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) que ainda estava pendente na segunda-feira (29).
Segundo o prefeito de Triunfo e 1º vice-presidente do consórcio, Murilo Machado, após o credenciamento, as cidades já podem iniciar a destinação do lixo.
— É um modo simples de contratação, não tem disputa, as empresas têm que obedecer ao valor que o consórcio estipular por tonelada — explicou.
Neste caso, o valor é de R$ 109 por tonelada de lixo destinado. O edital ainda prevê que mais de um aterro sanitário se credencie, com os municípios podendo escolher o destino dos materiais. Em toda a Região Metropolitana, há uma estimativa de 700 mil toneladas de lixo a serem destinadas, o que faz com que o custo da operação fique próximo dos R$ 80 milhões.
Enquanto não há definição, Canoas e Porto Alegre estão há 10 dias sem ter para onde levar os entulhos, desde a interdição do aterro São Judas Tadeu, em Gravataí. A suspensão começou no dia 20 de julho, a pedido do Ministério Público que apontou inadequações no local, que deveria receber apenas resíduos inertes.
Somente em Canoas são 300 mil toneladas de entulhos, acumulados principalmente no Parque Eduardo Gomes. Procurado, o município informa que a primeira fase da limpeza foi concluída e os entulhos são mantidos nos pontos de transbordo enquanto é aguardada a definição do destino final.
A mesma medida é adotada em Porto Alegre, que mantém os entulhos em áreas de bota-espera. Conforme o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), as unidades provisórias da Capital estão em processo de limpeza, com os escombros sendo levados para o bota-espera da Severo Dullius. O DMLU também destaca que a medida não gera prejuízos à limpeza da cidade.